
O mês de outubro será marcado por esse evento muito importante na história da informática, tanto para PCs e notebooks.
Mas estranhamente, aqui no Brasil, poucos falam sobre o assunto.
Talvez você esteja pensando: já atualizei do XP para o Vista, então para o 7, no 8 decidi voltar pro 7, então para o 10.
Realmente, nos últimos 27 anos, em muitos casos, quando se atualizava o sistema operacional e tinha algum problema de desempenho da máquina, aumentar a memória ajudava, num primeiro momento
Só que agora é diferente: a versão 11 é bem mais exigente, não só em questão de memória, mas em hardware também.
É fato que toda versão do Windows exige uma certa adaptação, principalmente em se tratando do menu Iniciar. Por conta dessas adaptações, é natural que o ser humano adiar mudanças.
Mesmo que o Windows 11 tenha sido lançado em 2021, ainda assim, a base de usuários pouco cresceu até metade de 2025.
O que tanto exige o Windows 11?

A principal exigência, que muito se fala, é da questão do chip TPM 2, que foi concebido para ajudar a melhorar a segurança. Embora possa ser adquirido e instalado em alguns modelos de placas mãe, porém, a alta demanda fez com que o preço subisse absurdamente.
Mas essa é apenas UMA das exigências. Para ter um desempenho satisfatório com a versão 10, era necessário substituir o HD por um SSD, mas isso traz ganho de velocidade, que o investimento vale a pena. A realidade é que ainda tem muitas máquinas com HD mecânico, o que também impede a instalação do 11.
A Microsoft estabeleceu uma lista de processadores compatíveis para o Windows 11, que inclui modelos específicos da Intel, AMD e Qualcomm. Os modelos mínimos de processadores que são oficialmente suportados pela Microsoft para o Windows 11 são:
Para Intel:
- 8a geração de processadores Intel Core ou superior.
- Processadores Intel Xeon de 2017 ou mais recentes.
- Intel Pentium Gold e Celeron de 2018 ou mais recentes.
Para AMD:
- Processadores Ryzen de 2017 ou mais recentes.
- Processadores AMD EPYC de 2017 ou mais recentes.
- Alguns modelos específicos de processadores Athlon e Ryzen 3000.
A compatibilidade de drivers também é um ponto crítico. Dispositivos mais antigos podem ter drivers que não são atualizados para suportar o Windows 11, o que pode resultar em funcionalidades perdidas ou mal funcionamento de hardware.
Inteligência artificial goela abaixo
Mais uma questão que prejudica a vida de quem tem PC mais fraco, é o fato da Microsoft estar enfiando inteligência artificial em tudo. Claro que ter auxílio para aperfeiçoar um texto, corrigir problemas numa planilha, é algo muito bem vindo.
O problema é que está faltando limite de onde o recurso de IA será incluso, sendo que nem mesmo o bloco de notas escapou de receber IA.
A proposta de integrar profundamente o Windows 11 com inteligência artificial, via Copilot junto ao Edge e Teams, fora o polêmico Recall, força a necessidade de hardware bastante robusto para dar conta do recado.
As pessoas estão acostumadas a trabalhar com diversas abas abertas no navegador, o que por si só, já consome recursos. Acrescente outros programas como o ERP da empresa. Entretanto a IA adiciona um processamento extra, porque ela está constantemente analisando e gerando sugestões.
Mudanças do menu – polêmicas de novo
Quando o Windows 8 foi lançado, a rejeição de sua interface foi absurda, dada a diferença radical para o que as pessoas já estavam acostumadas.
Lançado no Windows 95, o menu iniciar tornou-se algo chave para o bom uso de um computador. Embora tenha ganho um redesign na versão XP, até a versão 7, esse menu passou por poucas mudanças significativas. Tanto que a Microsoft foi obrigada a reincluí-lo no Windows 8.1

A repaginada da versão 10, apesar da confusão de ter que procurar o programa pelo nome, não pelo que
ele faz, acabou sendo bem assimilado.
Só que para a versão 11, a nova alteração na interface do menu Iniciar ganhou mais críticas devido ao novo padrão visual, que difere ao que todos já estavam acostumados. Tanto é que, esse menu está ganhando algumas mudanças, em 2025, como é o caso de remover a seção de recomendações, além de permitir a criação de grupos, por categorias.
Ainda assim, programas como Start 11, que muda o menu Iniciar, para algo mais próximo ao Windows 7, porém, com vantagens de poder personalizar, têm ganhado cada vez mais usuários.

Sem suporte, mas dá pra contornar?
A pergunta mais básica, até óbvia que estão fazendo é: consigo contornar os problemas de vulnerabilidade, usando um antivírus e um firewall? No começo, pode ser que sim. Mas aí tem a questão de investir em programas pagos, que realmente evitem a contaminação da máquina, não os que te avisam que a máquina está com vírus.
Porém, quando forem descobertas brechas mais graves, não terá antivírus e firewall que protejam a máquina.
E claro, tem a questão do desempenho, pois ambas as ferramentas, rodando em segundo plano, também aumentarão o consumo de memória e processador.
Sem suporte oficial, os sistemas ficam vulneráveis a novas ameaças e que isso não é apenas uma questão de performance, mas de segurança cibernética.
Tem agravantes externos?
Além das ameaças diretas à segurança cibernética, é fundamental considerar os aspectos de governança corporativa e conformidade regulatória.
A propósito, empresas como um todo, são obrigadas a seguir normas rigorosas no que tange à salvaguarda de informações e à manutenção de um ciclo contínuo de atualizações. Se atuar no ramo de segmentos bancário e médico sanitário, a situação piora, já que existem regulamentações estritas para esses setores.
Usar um sistema operacional sem suporte oficial pode resultar em penalidades financeiras e outras sanções legais, caso seja considerada uma omissão no cumprimento das leis de proteção de dados, caso ocorra a invasão e roubo de dados, ainda mais se eles forem vazados.
Tá, mas o que posso fazer, além de jogar as máquinas fora?
Bem, se depender da Microsoft, é isso mesmo o que você deve fazer: não atende os requisitos? Jogue fora!
Hora de considerar novos horizontes?
Como alternativas, existem as distribuições Linux que podem prorrogar o tempo de vida útil de máquinas obsoletas, até mesmo para o Windows 7.
O projeto brasileiro TigerOS, é um projeto que não só permite uma transição suave para quem vem do Windows, mas também proporcionam um ambiente seguro e atualizado, sem exigir um investimento substancial em novos componentes. Sendo que o TigerOS conta diversas videoaulas em português, gratuitas no site oficial.
E para aqueles que temem a perda de familiaridade, vale lembrar que o ecossistema Linux é rico em opções de softwares compatíveis que podem preencher a lacuna deixada por programas que você já usa. Com exceção de engenheiros que precisam do AutoCAD e designers que precisam de funções mais avançadas do Photoshop, embora esse último esteja dando lugar ao Canva.

Confira nosso guia de cuidados a serem considerados para avaliar uma mudança de sistema operacional, junto a nosso curso gratuito, ensinando tudo sobre como usar o TigerOS.
Basta acessar como visitante, caso não queira certificado.
A mudança pode ser a oportunidade perfeita para explorar novas ferramentas e descobrir que a liberdade de um sistema operacional open source pode ser exatamente o que você e sua empresa precisam para continuar inovando sem comprometer a segurança ou o desempenho.